Luto Animal

    Image

    Muitos de nós desenvolvemos um vínculo muito estreito com nossos animais de estimação. Hoje, não se trata mais de um bichinho que fica apenas do lado de fora de casa e sim de um membro da família, um companheiro, um amigo, que nos traz alegria e felicidade. Em tempos em que muitas pessoas escolhem viver só ou se tornam sozinhas ao longo da vida, um animalzinho é aquele companheiro fiel, que está sempre alí ao nosso lado, nos amando de maneira incondicional, sem fazer julgamentos e nos aceitando como genuinamente somos, com nossas qualidades e nossos defeitos. E quando este companheiro querido se vai, a dor e o sofrimento são intensos e por diversas vezes incompreendido, pois era "apenas um animal". No entanto, hoje estamos em um outro patamar nesta relação. Não somos mais donos de animais e sim tutores, com todas as responsabilidades que esta condição exige, como priorizar o bem-estar e a qualidade de vida de seu animalzinho.

    Alguns fatores importantes estão envolvidos na maneira como vamos reagir à perda desse ente tão querido e este luto pode ser sentido em diferentes níveis. A idade do tutor, a idade do animal de estimação e as circunstâncias da sua morte são variáveis significativas. Quanto maior for o apego do tutor para com seu animal e quanto maior for a importância desse pet na vida dele, maior e mais intensa será a dor desta perda. Além da relação afetiva, muitas vezes este animal representa uma relação terapêutica ou mesmo de colega de trabalho. Nestes casos, a perda também será extremamente dolorosa, pois o vínculo que estava estabelecido era de apoio ou mesmo de dependência, no caso de cães guia, por exemplo.

    Uma das situações mais perturbadoras para um tutor é sentir que não fez mais pelo seu animal. Sabemos que muitas condições de saúde exigem tratamentos e exames caros e por diversas vezes é impossível para o tutor arcar com estes custos. Em algumas situações de maior gravidade, um tratamento caro irá apenas prolongar temporariamente a vida do animal, porém, sem perspectiva de cura. Tomar a decisão de ir em frente em um tratamento invasivo, doloroso, difícil e caro ou, então, optar por cuidados paliativos é um momento muito delicado.É a vida de seu companheiro, de seu grande amigo que está em jogo. Então, o que fazer? Que decisão tomar? Esse é um momento crítico e muito doloroso. Quando nada mais é possível de ser feito e a eutanásia é a decisão que irá gerar menos dor e sofrimento para seu animalzinho, este momento de despedida é emocionalmente intenso e muito triste.

    A duração deste luto vai ser diferente de pessoa para pessoa e a forma de enfrentamento também. Se permita sentir raiva, tristeza ou mesmo chorar. Você pode se sentir física e mentalmente esgotado por ter vivido todo esse processo, portanto, cuidar de si precisará ser um passo importante a ser dado. Buscar redes de apoio entre amigos, familiares e pessoas que estão vivendo ou vivenciaram a mesma experiência que você, cuidar das suas necessidades básicas de sono e alimentação e fazer alguma atividade física, são recursos necessários para melhorar seu humor e facilitar a elaboração deste luto. Se tiver outros animais de estimação procurar manter uma rotina normal, pois é muito comum os outros sentirem a falta deste que morreu e perceberem a tristeza do tutor. E não deixar de buscar ajuda profissional se perceber que está sendo difícil lidar com esta perda a ponto de estar interferindo nas suas atividades do dia a dia.

    Fale com a  Dilséa Grebogi

    Se você possui alguma dúvida, entre em contato!

    Sobre mim

    Desenvolvo pesquisas e ações na área de Saúde do Trabalhador, com ênfase no adoecimento mental, tomando como referência a Violência no Trabalho, praticada através de Assédio Moral, Sexual, Psicológico e Organizacional.

    Mapa do site

    Parceiro

    Clique para visitar.
    Image

    Eu ofereço terapia EMDR online

    Informações

    Psicóloga Dilséa Grebogi.

    2024 © Todos os direitos reservados..